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Livrarias e papelarias são alvos da Operação "œVolta às Aulas" no Piauí

Imepi intensifica a vistoria de produtos comercializados nessa época do ano, como cadernos, mochilas, canetas, resmas de papel, entre outros.

08/01/2016 07:35

Com o objetivo de fiscalizar a venda de material escolar, o Instituto de Metrologia do Piauí (Imepi) deu início à Operação “Volta às Aulas”. Livrarias e papelarias, da Capital e do interior, serão visitadas pelos fiscais do Imepi, que analisam os principais produtos comercializados nesta época do ano, como cadernos, fichários, mochilas, canetas, resmas de papel, entre outros.

O trabalho de fiscalização acontece até o próximo dia 26 de janeiro. Até lá, a ideia é retirar das prateleiras todos os artigos escolares que estão sendo comercializados de forma irregular e que não obedecem aos parâmetros de qualidade estabelecidos pelo Inmetro.

Os artigos escolares vão ser analisados quantitativamente para verificar se a quantidade indicada é a mesma que consta dentro da embalagem. Produtos como cadernos, lápis de cor e giz de cera são periciados por meio do pré-exame no próprio estabelecimento comercial. Já os produtos que são fiscalizados pelo peso e metragem são coletados e recolhidos para testes no laboratório do Imepi.

“O nosso intuito é inibir a ocorrência de irregularidades que podem resultar em prejuízos financeiros à população. Todo material que é utilizado no período escolar está sendo fiscalizado e coletado para passar por uma análise técnica no nosso laboratório”, pontua o diretor geral do Instituto de Metrologia do Piauí (Imepi), Maycon Danilo.

Os fabricantes e comerciantes que tiverem seus produtos reprovados pela fiscalização do Imepi podem sofrer multas que variam de R$ 100 a R$ 1,5 milhão. “Toda a análise do material no laboratório é feita na presença do fabricante, para que haja mais uma transparência nessa relação”, explica.

Em 2015, 6% dos artigos escolares fiscalizados pelo Imepi apresentaram algum tipo de irregularidade. Segundo Maycon Danilo, a expectativa é que esse índice diminua em 2016. “Devido a nossa intensa fiscalização e o cuidado de estar orientando os comerciantes, esperamos que esse índice seja bem menor este ano”, comenta.

Pais também devem ficar atentos à qualidade dos produtos

Os pais ou responsáveis também têm um papel indispensável na fiscalização dos artigos escolares comercializados. É importante ficar atento às informações contidas na embalagem e ter certeza que o produto possui o selo de garantia expedido pelo Inmetro. Outro aspecto que os pais devem ficar atentos é em relação à faixa etária indicada para uso dos produtos. Alguns materiais não são recomendados para crianças pequenas, pois contêm partes que podem ser engolidas, ou, até mesmo, causar alergia.

Raimunda Souza é mãe de um estudante de 15 anos e, todos os anos, realiza uma verdadeira maratona na busca pelo material escolar. Ela afirma que o preço não é o único aspecto levado em conta na hora da escolha. “Sempre tenho a preocupação de observar a qualidade do material escolar. É uma forma de evitar problemas para o filho e também de evitar prejuízos, porque, às vezes, compramos algo de qualidade duvidosa, que acaba não tendo uma durabilidade”, afirma.

Outro que se preocupa com a qualidade do material escolar dos filhos é Miguel Pereira. Ele diz que, ao comprar o produto, observa se é adequado à idade de sua filha, de 6 anos. “Nem todo material é adequado para a idade dela. Sempre levamos isso em consideração na hora de comprar o produto”, comenta.

Os pais que identificarem irregularidades na comercialização de artigos escolares podem denunciar os estabelecimentos para o Imepi, através do telefone 0800 281 1411. “Prontamente iremos atender e encaminhar a denúncia aos nossos fiscais para analisar o caso in loco”, ressalta o diretor do Imepi, Maycon Danilo.

Foto: Assis Fernandes/ODIA
Por: Natanael Souza - Jornal O DIA
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